Fone/Whatsapp
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Os detetives particulares da vida real procuram usar o que existe de mais moderno em matéria de tecnologia: micro gravadores de áudio e vídeo, rastreadores de veículos do tamanho de uma caixa de fósforos, aplicativos “espiões” que monitoram toda a atividade de um telefone celular e até drones para captar imagens aéreas em locais de difícil acesso.
“Hoje, a carga de informação é muito maior”, observa o investigador. “Existe, por exemplo, a tecnologia de drone. Você consegue subir um drone e filmar o que está acontecendo lá em cima, na cobertura de um prédio. Isso é um baita recurso, que há 20 anos você nem sonhava. Era coisa de filme. Hoje, você consegue.”
Se por um lado, a tecnologia facilitou o trabalho dos detetives, por outro fez a concorrência aumentar e criou novos dilemas para as investigações. A lei que reconhece a profissão, em vigor desde abril, determina que o profissional deve preservar o sigilo de fontes, respeitar o direito à privacidade, à intimidade, à honra e à imagem das pessoas. E só pode atuar em um caso criminal se tiver autorização expressa do cliente e da polícia.
Casos conjugais
“Boa parte dos clientes não querem aparecer, então a gente hoje trata tudo por WhatsApp”, conta Lira. “Hoje, as informações são praticamente em tempo real, principalmente em casos de flagrante. O cliente fica sabendo na hora e fica por conta dele querer ir até o local ou não.”
Lira diz entender que o limite da privacidade é aquele definido por lei. Os detetives afirmam que tomam precauções para agir sempre dentro da legalidade e que escutas e outras ferramentas de monitoramento são usadas apenas com autorização expressa, por escrito, dos clientes.
“Quando você tem um cônjuge e quer investigar, isso é completamente legal, não é crime”, observa Lira. “Crime é quando a pessoa usa o que ela tem para difamar o parceiro ou quem quer que seja o investigado. O serviço é completamente sigiloso. A partir do momento em que a gente entrega o material para o cliente, não nos cabe mais nenhum tipo de responsabilidade pela atitude que o cliente venha a ter.”
O detetive reconhece que, em alguns casos, nem sempre o cliente conta toda a verdade, mas diz que o papel da agência de investigação é cumprir o acordo firmado com quem contratou o serviço.